Por Táta Nganga Kamuxinzela
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Magia, por onde começar? Compreendendo que o universo é animado, vivo e responsivo, repleto de criaturas espirituais distribuídas e organizadas em hierarquias de princípios vitais. Magia é comunicação, acesso. Como indivíduo superior as hierarquias de espíritos distribuídas nos reinos mineral, vegetal e animal (incluindo os fenômenos naturais e os astros), o homem pode utilizar as forças desses reinos como catalisadoras e potencializadoras da força vital.
Quimbanda é um sistema iniciático que se revela gradativamente aos seus adeptos no curso do que se conveniou chamar de iniciação, termo que designa um percurso no tempo de preparo e estudo antes da maestria no sistema. Convém que cada adepto experimente cada etapa da iniciação, do percurso, sem ânsia de resultado, porque a natureza não dá saltos. Até entre os mestres, os táta-ngangas, existem graduações e níveis distintos de compreensão e entendimento; seria diferente com os chelas recém-iniciados?
Nós dizemos que Quimbanda é fundamento porque entendemos seu sistema dentro de um conjunto coerente e racional de práticas mágicas, as quais são reveladas aos adeptos ao longo da jornada de preparo e estudo. Não se despertam os poderosos mortos como fazem em filmes, mas através de um profundo enraizamento ancestral, intensa entrega pessoal, e um aprimorado senso de força, honra, justiça e lealdade dentro da Quimbanda.
Não procure queimar
etapas! Experimente cada passo no caminho com requinte de sabedoria e
aprofundamento gradual. Todos que buscam queimar etapas acabam se queimando
ao longo da jornada de iniciação.