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QUIMBANDA É PARA HOMENS



Por Táta Nganga Kamuxinzela

@tatakamuxinzela | @covadecipriano | @quimbandanago 

Renovo essa discussão de tempos em tempos, muito embora já a tenha abordado em artigos neste site, na Revista Nganga e em postagens nas redes sociais. Sempre que digo que a Quimbanda é para Homens, tem alguma militante feminista de cérebro podre que se sente ofendida, ou alguma mulher de tromba que diz: mas o que é homem? Aqui na Cova de Cipriano Feiticeiro homem é homem e no seu desenvolvimento, torna-se um táta-nganga; de igual modo, mulher é mulher e no seu desenvolvimento torna-se uma mameto-kimbanda. A parte dessa discussão dispensável, o Homem que aqui me refiro com H maiúsculo é o indivíduo adulto, responsável por seus atos, que tem maturidade. É por esse motivo que preferimos iniciar pessoas acima dos 30 anos, porque a neurociência e a psicologia moderna já provaram que a maturidade está intrinsecamente associada a progressão da idade: quanto mais avançada é a idade do indivíduo, mais ele se vê maduro perante a vida.[1] 

Agora seria interessante você reler o

Manifesto da Cova de Cipriano Feiticeiro. 

Aqui na Cova de Cipriano Feiticeiro, os adeptos iniciados podem trazer seus filhos para participarem dos rituais. E eles podem ajudar a fazer todos os ofícios periféricos do culto: buscam, preparam e seguram os bichos, tocam atabaque, fazem oferendas, ajudam a preparar banhos, pós etc., mas não são considerados iniciados. Para estes jovens, o Ritual de Iniciação na Quimbanda é um Rito de Passagem da adolescência para a vida adulta. O Ritual de Iniciação marcará, doravante, o início da vida adulta do indivíduo. Especialmente para estes jovens é assim, mas não só para eles, porque o Ritual de Iniciação na Quimbanda é um Rito de Passagem para «vida espiritual adulta», marcada pelo compromisso da Honra, Lealdade, Força e Coragem, virtudes de um Homem de verdade. 

A Quimbanda prepara Homens para se tornarem Mestres da Vida. Para tal, eles precisam ser Homens de verdade, e não meninos (i.e. os homens com h minúsculo). O Ritual de Iniciação na Quimbanda, portanto, torna homens em Homens. 

É por isso que a Quimbanda é para Homens!



[1] Veja John P. Conger. Jung and Reich: The Body as Shadow. North Atlantic Books, 2005, pp. 176.





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